No Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, destacamos a trajetória inspiradora de Cláudia Ristori, fundadora da C TREZE ADM e profissional parceira de projetos da Agência NTZ, apresentando o impacto das mulheres no setor empresarial. Em um mercado tradicionalmente dominado por homens, as mulheres enfrentam desafios como a gestão de tempo, acesso a financiamento e a persistência de estereótipos. Contudo, com determinação e visão, elas estão transformando o cenário empreendedor.
Dados recentes indicam que as mulheres representam cerca de 34,6% dos empreendedores no Brasil, sendo a maioria atuante nos setores de comércio, serviços e economia criativa. De acordo com o Banco Mundial, empresas lideradas por mulheres têm um impacto positivo na economia. No Brasil, micro e pequenas empresas lideradas por mulheres representam cerca de 25% do PIB das PMEs e empregam milhões de pessoas. No entanto, mesmo com o crescimento, as empreendedoras ainda têm menos acesso a recursos financeiros: apenas 2,3% dos investimentos de capital de risco vão para negócios exclusivamente fundados por mulheres.
Outro ponto relevante é a idade das empreendedoras: cerca de 40% das novas empreendedoras têm mais de 40 anos, revelando uma tendência de mulheres mais maduras optarem pelo empreendedorismo como alternativa ao mercado formal.
Com a C TREZE ADM, Cláudia não foi diferente e impulsiona uma equipa composta por mulheres acima dos 40, mas também aposta no terceiro setor, com projetos que visam impactar a comunidade e gerar transformação social. Na entrevista, ela compartilha lições valiosas sobre resiliência e liderança feminina, incentivando outras mulheres a acreditar no próprio potencial e a ultrapassar barreiras.
Esta história e as estatísticas do setor reforçam a importância de apoiar e promover o empreendedorismo feminino, que gera impacto económico e social significativo. Assista à entrevista completa para conhecer esta trajetória inspiradora e a visão da Cláudia para o futuro do empreendedorismo feminino.
Abaixo você lê a entrevista na integra:
Como iniciou a trajetória com a C TREZE?
– A minha trajetória começou como MEI – microempreendedora individual, e ao longo do tempo evoluímos para ME – Microempresa, o que deu origem a C13 ADM. Uma ideia que surgiu da paixão pelo terceiro setor, mais precisamente com a criação de projetos em parceria com a NTZ.
Além de uma necessidade de mercado, também identificada por meio dessa parceria, onde muitos clientes tinham dificuldade com a prestação de contas dos projetos elaborados.
Não foi fácil virar a chave de MEI para ME, ampliar e conquistar espaço, mas, com determinação, consegui transformar esse sonho em realidade e hoje a C13 possui um escritório físico com 5 pessoas, dividida em 2 áreas: Projetos e Prestação de Contas.
Quais são as dificuldades dentro do empreendedorismo feminino?
– Ser uma mulher empreendedora trouxe desafios específicos, principalmente com relação a gestão do tempo, quando se é esposa e mãe, gerir uma empresa se torna bem mais complexo.
Na verdade, gerimos duas, pois o lar não deixa de ser uma empresa doméstica, e nela também tem que ser ter planejamento, gestão de crises e contas a pagar.
A diferença é que o mundo já está acostumado a ver a mulher na gestão do lar, mas, ainda tem dificuldade em aceitar a eficiência e capacidade técnica feminina na gestão de empresas. O esforço da mulher empreendedora é dobrado para alcançar o devido reconhecimento, mas, isso não nos faz desistir de continuar seguindo em frente.
Como é a equipe da C TREZE?
Hoje, eu me encho de orgulho com a C TREZE, e nossa equipe é inteiramente feminina, em sua maioria com mais de 40 anos. Isso não foi planejado, aconteceu naturalmente ao reconhecer grandes talentos. Muitas já não tinham mais espaço no mercado, por conta de preconceitos enraizados sobre vida útil da mulher no mercado de trabalho.
Cada mulher que faz parte da nossa equipe traz uma perspectiva única, e desejamos ser uma potência no terceiro setor. Assim, auxiliamos na transformação do cenário social, mostrando o poder e a capacidade da liderança feminina.
E qual recado você gostaria de deixar para as mulheres?
Para todas as mulheres que sonham empreender: acredite no seu potencial!
Os desafios existem, mas juntas somos mais forte e vamos mais longe. Como eu sempre digo nos meus treinamentos, o segredo é não dar margem a negligência. Além disso, é preciso ter visão sistêmica do negócio e prezar pelos detalhes, características inatas da mulher, que podem ser um grande diferencial, dependo do seu mercado de atuação.