A princípio, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são um conjunto de 17 objetivos globais adotados pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015. Em suma, eles visam erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir a prosperidade para todos até 2030. Entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, acontece em Belém (PA) a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).
Neste contexto, mais uma vez o Brasil, agora como anfitrião, assume um papel central na discussão global sobre as mudanças climáticas e a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em dezembro do ano passado (2023), o Governo Federal instituiu a Comissão Nacional dos ODS e um pouco antes dela, em setembro, durante a fala do Presidente Lula na abertura da 78ª Assembleia da ONU, um novo Objetivo foi proposto visando a igualdade étnico-racial (ODS 18).
O ODS 18, embora seja uma iniciativa brasileira (aderida voluntariamente pelo país), reflete uma preocupação global com a justiça social. A desigualdade étnico-racial é um dos maiores desafios a serem superados para alcançar um desenvolvimento sustentável. Ele inclui metas como eliminar a discriminação étnico-racial no trabalho e as formas de violência contra povos indígenas e afrodescendentes, garantir acesso ao Sistema de Justiça, e promover memória, verdade e justiça para esta camada da população.
Mas como podemos conectar esses pontos e construir um futuro mais justo e sustentável? A resposta está, em grande parte, no protagonismo do Terceiro Setor.
ODS e COP 30: Um panorama geral
Primeiramente, os ODS representam um chamado global para construir um futuro melhor para todos, abordando desde a erradicação da pobreza até a ação climática. A COP 30, por sua vez, é o palco onde as nações se reúnem para negociar e implementar ações concretas para combater as mudanças climáticas. Ambas as iniciativas são interligadas e exigem uma abordagem multi-setorial para alcançar seus objetivos.
O Terceiro Setor como agente de transformação
Primordialmente, o Terceiro Setor, com sua diversidade de organizações e iniciativas, desempenha um papel fundamental na implementação dos ODS. Essas organizações atuam em diversas frentes, desde a promoção da educação e saúde até a defesa dos direitos humanos e a proteção do meio ambiente. Ao trabalhar em parceria com o setor público e privado, o Terceiro Setor pode potencializar o impacto de suas ações e contribuir para a construção de um futuro mais sustentável.
A estratégia ESG e o Terceiro Setor
A estratégia ESG (Environmental, Social and Governance) tem se tornado cada vez mais importante para as empresas. Pois, ao adotar práticas ESG, as empresas demonstram seu compromisso com a sustentabilidade e com a construção de um futuro melhor para todos.
Para além disso, é uma forma do mundo corporativo se adequar a uma realidade na qual consumidores e investidores estão mais inclinados a reconhecer organizações que se posicionam em prol de um futuro mais próspero do ponto de vista social e ambiental.
O Terceiro Setor pode atuar como um parceiro estratégico para as empresas que desejam implementar a estratégia ESG, oferecendo expertise, conhecimento de campo, impacto social e acesso a comunidades e redes.
Conclusão
Dessa forma, os ODS, e a COP 30 representam um marco importante na busca por um futuro mais justo e sustentável, além de ser um grande palco de prestação de contas de como setores governamentais e empresariais tem se adaptado para cumprir os Objetivos.
Nele, é importante ressaltar que o Terceiro Setor, com seu compromisso com as causas, tem um papel fundamental a desempenhar nesse processo. Pois, ao trabalhar em conjunto, podemos construir um mundo onde todos tenham oportunidades iguais e onde o desenvolvimento seja sustentável para todos.
Por Renato Belinelli